Ao discutirmos a inserção da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), com a aplicação na sala de aula, temos de considerar que há todo um contexto histórico, social, cultural, político, econômico e biológico que formaliza a instituição educacional. Outras implicações também devem ser consideradas, como aspirações pessoais e coletivas, os fundamentos das teorias do conhecimento e da educação e as metodologias do aprender e do ensinar.
Ao licitar os 7 mil laboratórios e muitos mais outros milhares, para escolas rurais em várias regiões do país, fica uma expectativa no ar sobre a notícia postada, no qual discute-se a implantação da TIC, como refletir criticamente sobre o uso da ferramenta computacional em projetos pedagógicos que estimulem os aprendizes a buscarem alternativas de aprendizagens, assim como construir uma linguagem simultânea a outras linguagens presentes no cotidiano escolar, como a pictórica, musical, corporal etc. Portanto, instrumentalizar o educando para o estudo individualizado e colaborativo em ambiente de interação mediado pelo computador, na prática pedagógica de aprender fazendo e ensinar aprendendo.
Há também a questão do isolamento que se encontram muitas escolas rurais, tanto geograficamente quanto a falta de estrutura física predial, onde estão localizadas as escolas (água, luz falta de merenda de qualidade, material didático-pedagógico, professores capacitados e formados em TIC, pois os mesmo por morarem longe e os salários não cobrirem os gastos com transporte, alimento e os horários não coincidirem com os das aulas, muitos docentes estão mudando de profissão, uns trabalhando no comércio, indústria, etc. Fica uma pergunta: é a realidade essa implantação dos laboratórios de informática em todas as escolas rurais, ou apenas utopia?
Se pensarmos as perspectivas das práticas docentes com o uso do computador veremos questões relacionadas com a democratização dos computadores nas escolas e a capacitação destes profissionais na comunidade escolar e demais sujeitos que trabalham na educação. Enfim, o uso do computador como alternativa de ensino e aprendizagem recurso didático e instrumento de interação entre docentes e discentes nas redes sociais e internet.
